Sexto dia

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sabe que inicialmente a função desse blog era justamente me ajudar a desabafar sobre as mudanças no meu cotidiano em relação principalmente ao meu peso. Eu queria registrar a dificuldade de se lidar com a uma dieta ou qualquer procedimento para se tentar emagrecer. Eis que estou e volta, e para falar justamente sobre isso... Estou no meu sexto dia de dieta, pra falar a verdade estou no quarto, porque nos dois primeiros eu realmente não consegui fazer muita coisa. Hoje, quarta-feria, 22 de Dezembro, prestes à comemorar o Natal em família, o que significa dias de muita fartura e muita comida, sinto que é essencialmente difícil lidar com isso.

Eu amo comer, eu amo o prazer que eu sinto quando como algo muito gostoso, mas odeio o resultado dessa comilança, odeio com todas as minhas forças, então me vejo entre duas opções: Como e sinto o prazer momentâneo de saborear a comida ou não como e sinto o prazer a longo prazo de me sentir bem comigo mesma.

Dessa vez escolhi a segunda opção, por muito tempo a primeira foi a prioridade, onde eu utilizava mil desculpas que acobertavam minha escolha. Agora é diferente, porque eu cheguei no máximo dos máximos que eu nunca imaginaria chegar. Não posso excluir os componentes psicológicos presentes, principalmente a julgar pelo meu post anterior. O psicológico interfere e muito nesse momento, e uma pessoa que tem o quadro de ansiedade como eu, está fadada à morrer obesa em cima de uma cama comendo um bolo de chocolate de 40 metros.

Não é isso que eu quero agora... tenho muita coisa pra fazer ainda! Por isso, procurei alternativas mais fáceis e rápidas pra isso: REMÉDIOS. Sim, estou à base de remédios, o primeiro é a fluoxetina, antidepressivo, mas que ajuda bastante a reduzir a ansiedade. E o segundo é o Lipiblock, um remédio altamente constrangedor, pois tudo que eu ingiro, rapidamente coloco para fora (deu pra entender!).

Se alguns professores meus soubessem disso, tenho certeza que seria alvo de críticas bem fundadas, e eu mesmo faço uma campanha contra à medicalização da vida, mas nesse caso, eu sinto que preciso desse tipo de ajuda, pelo menos por enquanto e assim continuarei até que tenha atingido meu objetivo final.

Acredito que utilizarei esse espaço de vez em quando pra organizar minhas idéias, sair da obesidade é tão difícil quanto sair das drogas, ou do alcoolismo... por falar nisso, esse tipo de abuso de drogas não pode passar nem pela minha cabeça! Que triste... em plenas férias, mas se é por uma boa causa...

Então hoje, inicio meu sexto dia com uma certa disposição (não muita), mas sei que é uma luta diária que vou vencer!

ps.: Final altamente dramático, nem é tão difícil assim no fim das contas!

ANSIEDADE

quarta-feira, 10 de novembro de 2010


Essa é uma palavrinha muito presente nos meus dias. Esse ano, fazendo um balanço psicoterápico da minha vida, posso dizer que foi o ano da ansiedade, eu realmente me enquadro em vários dos sintomas mais comuns pra detectar isso. Dentre eles estão: (psicológicos)

- Medos irracionais e sem sentido

- Sentimento exagerado de irritação: ficar irritado e provocar brigas e discussões por nada.

- Ingestão exagerada de bebidas alcoólicas ou calmantes, como modo de aliviar as tensões.

- Medo exagerado de magoar os outros.

- Medo das críticas.

- Medo de errar.

- Autocrítica exagerada e destrutiva.

- Preocupações excessivas.

- Auto imagem ilusória.

Enfim, é notável a coincidência das minhas atitudes ultimamente e os sintomas psicológicos da ansiedade, por isso na minha terapia a gente trabalha muitos desses fatores. Pra tentar controlar a ingestão exagerada de comida fui ao endocrinologista que me passou um anti-depressivo e outros dois remédios (Fluoxitena, absten e pantazol), 5 comprimidos diários, porém, não tomei com medo da reação, pois ele passou uma dosagem muito forte. Daí, essa semana, durante a III semana de psicologia, estava rolando um mini-curso de transtornos alimentares que infelizmente não pude participar porque estava trabalhando na organização ¬¬, mas encontrei Dra. Virgínia (suuuper fodona) pela praça da alegria e claro, a chamei para uma conversa particular, ou seja, ela me consultou em plena praça da alegria, de graça, e ainda me encaminhou para um especialista no meu caso. Ela disse que eu sofro de stress pós-traumático, e que minha ansiedade vem daí. Bom, não sei, só sei que só começarei a tomar os remédios quando tiver de férias, e com acompanhamento pelo menos do endocrinologista.

Mas, por favor, Meus caros milhões de leitores diários, me respondam, como não ser ansiosa com uma vida como a minha?

Eu me cobro muito por estar na segunda faculdade, então pago todas as cadeiras possíveis, com uma média mínima exigida por mim de 8,0, participo dos dois núcleos de pesquisa, produzindo projetos e artigos para publicação próximo ano (Se Deus quiser), um é sobre estudo de gênero relacionado ao perdão e o outro é sobre Dependência química e a depressão. Sou candidata a chapa do CA do próximo ano, porém já sou do NACA, núcleo de apoio ao Centro Acadêmico, que funciona bem, e trabalhamos bastante em prol de melhorias pro curso, inclusive estou muito cansada de trabalhar de graça ¬¬, continuando, finalmente terminei meu artigo sobre os meios de comunicação e influência social e já foi encaminhado para o meu queridíssimo orientador, o qual eu almejo que pare de beber e corrija! Tenho um curso de web designer aos sábados que é interessantíssimo, mas que não da tempo de me dedicar, nem produzir, uma pena! Fora isso eu tenho uma pequena vida pessoal, com um namorado que me cobra bastante atenção, uma vida social, da qual eu tento participar ativamente frequentando os ambientes que eu gosto sempre que posso, tenho também uma vida doméstica, onde tenho que cuidar da casa, fazer faxina, essas coisas, assim como frequentar oficinas quando o carro quebra, ficar horas trocando óleo de carro e por aí vai. Tenho também eventos aleatórios, como por exemplo o fato de ter que viajar amanhã pra Belo Horizonte pro casamento de uma prima, mesmo tendo mil trabalho para fazer, apara entregar antes mesmo de eu chegar (vou enviar pra alguem entregar). Enfim, onde fica o tempo pra mim? onde fica o tempo pra parar e escrever aqui? onde fica o tempo pra tentar cuidar da minha alimentação, ou fazer um exercicio físico? Onde fica o tempo pra não deixar o namoro cair na monotonia?


Não sei, se alguém souber aí me avisa que eu estou prrocurando!

Sociopata

sexta-feira, 3 de setembro de 2010


Estava eu muito feliz aqui na net, me preparando para estudar, quando chega o meu irmão e diz: Olha um caso aí pra você estudar. O pai dessa menina morreu hoje, e ela não para de fazer piada no twitter. Eu, curiosamente, dei uma olhada e fiquei impressionada com as reações da adolescente.

Não sei se é porque sou muito sensível, ou se é porque a garota é sádica demais. O pai dela morreu pela manhã, e ela só não foi pra aula por conta disso (do horário). Também soube que ela é muito inteligente, tem namorado, uma imagem "diferente", é admirada por alguns outros adolescentes que gostam do diferente. Há rumores que ela já ajudou uma outra garota a cometer suicídio, o que eu realmente acredito que possa ser verdade.

Conversando com meu irmão, também descobri que ela tem um blog de assassinatos e mutilações, e em seu twitter ela postou que vai escrever um livro sobre a morte do pai, pra mostrar quando for presa por assassinar 300 pessoas. Enfim, dá pra notar que ela é no mínimo uma adolescente que necessita de uma atenção especial.

Ela pode ser uma garota que tem sérios problemas familiares, principalmente de falta de atenção, provando que essas atitudes são como um pedido de socorro desesperado pra chamar atenção das pessoas, principalmente das pessoas que são importantes para ela.

Ou ela é, como ela mesmo disse, uma sociopata. Segundo algumas pesquisas por aqui mesmo um sociopata tem as seguintes características: desprezo pelas obrigações sociais e a falta de consideração com os sentimentos dos outros. Eles possuem um egocentrismo exageradamente patológico, emoções superficiais, teatrais e falsas, pobre ou nenhum controle da impulsividade, baixa tolerância para frustração, baixo limiar para descarga de agressão, irresponsabilidade, falta de empatia com outros seres humanos, ausência de sentimentos de remorso e de culpa em relação ao seu comportamento. Essas pessoas geralmente são cínicas, incapazes de manter uma relação leal e duradoura, manipuladoras, e incapazes de amar. Eles mentem exageradamente sem constrangimento ou vergonha, subestimam a insensatez das mentiras, roubam, abusam, trapaceiam, manipulam dolosamente seus familiares e parentes, colocam em risco a vida de outras pessoas e, decididamente, nunca são capazes de se corrigirem. Esse conjunto de caracteres faz com que os sociopatas sejam incapazes de aprender com a punição ou incapazes de modificar suas atitudes. Quando os sociopatas descobrem que seu teatro já está descoberto, eles são capazes de darem a falsa impressão de arrependimento, falseiam que mudarão "daqui para a frente", mas nunca serão capazes de suprimir sua índole maldosa. Não obstante eles são artistas na capacidade de disfarçar de forma inteligente suas características de personalidade. Na vida social, o sociopata costuma ter um charme convincente e simpático para as outras pessoas e, não raramente, ele tem uma inteligência normal ou acima da média.

Diagnóstico final.

Psicoterapia

quarta-feira, 1 de setembro de 2010


Dia de psicoterapia. Normalmente eu fico ansiosa porque passo a semana inteira me preparando, fazendo auto-terapia e anotando os principais tópicos que vou abordar nos poucos 50 minutos que tenho por sessão. Hoje fui mais cedo, passei uns 40 minutos esperando na recepção, pensando eu que ia ser ótimo pra estudar nesse tempo porque lá é sempre muito calmo e tranquilo, mas hoje era diferente, todas as cadeiras e sofás estavam ocupadas, e o converseiro era inevitável. A tentativa de estudar os métodos psicoterápicos num lugar bem propício foi totalmente falha, então, só me restou observar e ouvir o que aquelas pessoas estavam conversando na tentativa de descobrir a razão de estarem naquele consultório onde atendem 2 psicólogos e 4 psiquiatras.

A mulher desengonçada, mal vestida(calça jeans cintura alta mas não do tipo da moda, do tipo que ela possui desde os anos 80 mesmo, e um tênis preto), aparentava ser uma daquelas senhoras que foram muito bonitas na sua juventude mas que o tempo foi cruel. Era grande, com sotaque talvez paulista, sentada ao meu lado não parou de falar desde o momento em que chegou. Ouvindo, descobri que ia ser atendida pelo psiquiatra e ao prestar atenção em sua prosa com uma representante de remédios, soube que ela já tomou todos os ansiolíticos de todas as marcas. E como ela entendia dos remédios! Sabia todos os efeitos colaterais e posologias, pois era uma anestesista aposentada. Ouvi também que ela tinha apresentado a monografia de algum outro curso no dia anterior e tinha tirado 9, segundo ela, não foi 10 porque apresentou com um papel na mão. Ah, e seu filho que deve morar muito longe veio passar esses dias com ela, vão passar o feriado num haras em Recife. Ela foi chamada, e eu não consegui ouvir seu nome, porém o meu diagnóstico final foi de bipolaridade com crises constantes.

Do outro lado havia uma moça de seus 22 anos que encaixava-se no perfil de uma bulímica ou que sofre início de anorexia nervosa. Sua mãe que a acompanhava pelo jeito também frequentava o mesmo psiquiatra, pois ao falar com a recepcionista mencionou: Hoje ela é quem vai se consultar! Fiquei morrendo de curiosidade sobre este caso em particular, porém não consegui descobrir muita coisa além do que ouvi numa rápida conversa ao celular: "Estou aqui no psiquiatra, agora ele vai me passar a medicação correta". E pronto.

Havia também uma equipe de filmagem, mas não deu pra saber se era de TV, documentário, propaganda... enfim, entraram no consultório do psicólogo, foi o máximo que soube...

Outra mulher próxima a mim, tentava estudar como eu, mas estava bem concentrada. Não consegui saber muita coisa, mas quando minha psicóloga abriu a porta para sair o paciente (que eu estava muito curiosa pra ver quem era), saiu um menino de no máximo 7 anos de idade, e aquela era sua mãe. O menino carregava uma caixinha com ele, acho que com material escolar. Diagnóstico da criança: problemas com aprendizagem na escola.

Por fim, estava eu, acredito que a pessoa com mais cara de louca de todas, com uma apostila na mão, tentando ler, mas observando por cima dela, cara de quem dormiu apenas 2 horas de sono durante a noite, com o cabelo oleoso, unhas pintadas de verde com uma blusa rosa chock a la mangueira e uma sandália laranja. Realmente saí de casa e não percebi que estava completamente na moda do restart, mas tudo bem, pelo menos poderia ser compreendida por esse lado. Diagnóstico: Neurose

E assim acabou minha sessão do lado de fora do consultório e iniciou-se a de dentro. Essa eu não posso contar! =X

Procrastinação ou o quê?

domingo, 29 de agosto de 2010

Não me aguento quando chega no fim do dia em que eu tenho milhões de coisas pra fazer e não fiz absolutamente nada! Fico arrasada de saber que tenho uma provinha de neurofisiologia amanhã e não estudei porra nenhuma, e ainda tenho um jornal pra terminar de diagramar e ainda uma estante pra arrumar, como também um fichamento de psicoterapia pra fazer! E tudo pra amanhã!
O que fazer se já são 21:02 da noite?

1. Diagramar o jornal e ir dormir
2. Fazer bastante café e começar a encarar a realidade a partir de agora
3. Fazer somente o fichamento e o jornal e deixar a prova para reposição
4. Não fazer o fichamento, mas fazer o jornal e estudar para a prova
5. Não fazer nada e ir dormir de ressaca e consciência pesada

Acontece que todas vão me prejudicar de uma forma ou de outra. Eu realmente queria uma saída mais fácil. A verdade é que meu fim de semana foi nada proveitoso, começando por sexta-feira, quando deixei de ir à reunião do núcleo para estudar e não estudei, a noite fui ao shopping e não estudei, no sábado de manhã não estudei, deixei de ir pra aula a tarde e não estudei, fui para o churrasco do curso, depois fui à Campina Grande e não estudei, hoje a tarde voltei pra João Pessoa e ainda não estudei, desde então estou fazendo nada no meu quarto só passando o tempo. Parabéns para mim e minha falta de responsabilidade.

Fora o meu problema sério com o álcool e com minha cabeça confusa, alguém me ajuda por favor! Obrigada

Jornalista x Psicóloga

sexta-feira, 27 de agosto de 2010


Inspirada no dia do psicólogo, hoje, dia 27 de Agosto, lembro-me bem do dia 7 de Abril o que senti no dia do jornalista. Tudo bem que ainda não posso me considerar jornalista de fato, pois não tenho diploma, porém, no dia em que apenas recebi um único mísero parabéns após praticamente implorar no twitter, não senti um pingo de alegria nem orgulho. Hoje também não.
Essa minha vida é uma dicotomia. Segundo minha psicoterapeuta, eu não consigo escolher entre duas coisas que estão ao meu alcance, não consigo ceder, eu tenho a necessidade de fazer as duas para não perder nada, e está aí o meu resultado: Aos 24 anos nem sou jornalista nem sou psicóloga!
Tudo bem, vou começar uma retrospectiva do meu curso de jornalismo, coisa que eu faço quase todos os dias comigo mesmo, ou conto a algumas pessoas, ou conto a minha psicóloga, enfim, deve ser o meu maior trauma, por favor Dr. Sigi, me ajude, sou uma histérica e o meu sintoma é achar que posso ser uma jornalista.
Em 2006 comecei o curso de jornalismo na UEPB, deixei o curso de Letras na URCA no comecinho e parti para o outro ainda frustrada de não ter passado em psicologia na UFPB, mas tudo bem, estava feliz, um novo lugar, novos amigos, novo curso, de repente eu ia me encontrar e ia ser maravilhoso. E foi. No começo estava empolgadíssima, tive até disciplinas com um certo grau de dificuldade, estudei, conheci muita gente, namorei bastante, e o curso ia de vento em polpa. Daí, no final do primeiro ano, comecei a notar que o curso essa péssimo, cheio de falhas, sem estrutura, não era exatamente o que eu queria, não conseguia me imaginar trabalhando em nenhuma área sequer do jornalismo, não tinha incentivo dos professores, nem de nada dentro do curso, por fim, fiz vestibular para psicologia que eu tanto almejava e passei.
O fato de passar para a segundo entrada, fez com que minhas aulas de psicologia só começassem em Outubro de 2007 e atá aí continuei cursando jornalismo. Cursei um semestre de psicologia e fiquei apaixonada pelo curso, porém, com mais de 2 anos já em Campina Grande os laços estavam feitos, tanto de amizades como na própria universidade. Era muito cômodo pra mim não ter praticamente nada pra estudar, só ter aula (e quando tinha) de 8 da manhã às 11, viver uma vida de badalações, e por aí vai... não se comparava a ter que andar meia hora a pé no maior sol do mundo às 7 e meia da manhã pra passar o dia todo na UFPB, chegar em casa e morar sozinha, e ter que estudar o resto do dia, então minha escolha foi feita: Jornalismo.
Tranquei psicologia e tentei fazer com que o curso de jornalismo valesse a pena. Estagiei na TV, produção de cinema, e era tudo o máximo, mas de certa forma, vinha o vazio existencial. Faltava alguma coisa, faltava a teoria, eu queria estudar, mas não tinha estímulo, não tinha aula, tive no máximo 3 bons professores que me despertaram interesse, o resto estava ali enganando bestas, e os bestas achando muito bom ser enganados.
O fato é que eu estava desesperada para estudar, eu queria fazer a monografia, tinha todos os livros, comecei a escrever inclusive, mas, como fazer? eu não sabia nem por onde começar, porque dentro do curso eu não tive orientação alguma de como fazer um trabalho monográfico e até um artigo científico. Contradição não? Um curso de jornalismo! Pois é. Não vou colocar a culpa só na instituição nem nos professores, é claro que se faltou estímulo, faltou força de vontade para que eu corresse atrás, mas quer saber, coloco 80% de culpa neles sim, eu tentei. Lembrei agora de umas cadeiras que ensinavam a fazer um pré-projeto da monografia, e lembro-me como enrolei o ano inteiro essa cadeira e passei com uma nota altíssima, a professora não gostava de mim, claro que ela notava a minha grande falta de interesse por tudo aquilo e fazia questão de não procurar incentivar, muito pelo contrário, ela punia. Gostaria que meus professores tivesse lido Vygotsky, e se tivessem, que aplicassem aquela teoria e soubessem utilizar uma metodologia de estímulo aos alunos mais difíceis. Opa. Eu não era difícil, passei com médias altíssimas, fiz todos os trabalhos, era extremamente responsável, fui a todas as poucas aulas que tive esses 4 anos, salvo quando estava cursando psicologia, enfim, vendo pelo meu lado, eu fui uma boa aluna, eles que não enxergaram isso.
Hoje eu tenho vergonha de não saber através de jornalismo e sim de psicologia o que era um Lattes, "terminei" um curso sem nenhuma publicação, sem nenhum artigo, sem nenhum congresso, sem nenhum progresso.
Desde que voltei ao curso de psicologia, tento correr atrás do prejuízo e hoje faço tudo o que tenho direito dentro do curso, que vamos combinar, apesar de todos os problemas de uma universidade pública não se compara com o que passei nesse últimos 4 anos, no primeiro semestre entreguei o equivalente a dois trabalhos monográficos, no segundo, um artigo científico, e agora no terceiro estou encaminhada para publicações, sou uma "quase" bolsista do cnpq, participo de um núcleo de pesquisas de desenvolvimento moral, participo da composição do jornal do CA, sou a presidente da comissão de formatura (não que isso seja uma vantagem), não sou a melhor aluna da sala, mas sou a melhor aluna que eu já em toda minha vida.
O curso de jornalismo me deu isso: Uma grande alerta para que eu não pare no tempo, não me acomode, eu quero é crescer, estudar, trabalhar um dia quem sabe né? ahahah e tenho a consciência de que alguns colegas do jornalismo se deram bem porque tiveram forças pra buscar dentro da precariedade do curso outras alternativas e conseguiram adquirir o conhecimento que eu não consegui. Parabéns pra eles.
Finalizo esse pequeno desabafo com saudades de um tempo bom, mas feliz porque estou em um tempo melhor! E quem sabe do meu futuro né? De repente vou aprendendo a ser jornalista com a vida mesmo.

Pensar o quê?

terça-feira, 24 de agosto de 2010


Sabe um dia daqueles? pois foi o meu dia de hoje...

Fico pensando em como pensar num dia como esses. Gordo ou magro? Na verdade não dá tempo de pensar muito então o que tiver pela frente é lucro. Se um dia eu começar uma dieta de verdade, como é que eu vou agir num dia intenso como esse? como é que eu vou resistir a uma linda barra de chocolate olhando pra mim e gritando: Me coma! Fiquei pensando muito nessa questão do autocontrole.
Eu não tenho, não sei se um dia terei, tenho todos os típicos pensamentos sabotadores como: Ah, já comecei a comer porcaria mesmo, ou, ah, só mais um pouco não faz diferença... e por aí vai...
A questão é: EU não quero passar o dia pensando ou planejando o que quero ou devo comer, eu não quero viver em função de uma dieta, eu não quero deixar essa pressão social acabe com o pingo que ainda resta da minha auto-estima. Eu só queria ter liberdade, não precisar me policiar o tempo todo pra não ficar acima do peso pra não ficar feia pra o resto da humanidade não me achar feia. Ou seja, eu deixo de satisfazer um desejo meu, satisfazer um prazer momentâneo, para satisfazer as outras pessoas, porque satisfazendo as outras pessoas eu estarei satisfazendo a mim mesma de algum forma.
É muita pressão, e utilizando um pequeno pensamento sabotador, eu acho uma grande injustiça muitas outras pessoa comerem o que quiser sem se preocupar em ganhar peso. Eu acho mesmo, e fico revoltada, e fico mais revoltada quando pessoas magras chegam e te dizem que é muito simples! ¬¬
Enfiim,depois de um dia cheio de chocolates, bolos e coisas bem gostosas, prego a minha insatisfação de não poder ficar com a consciência limpa, ou com a sensação de que não cometi nenhum crime muito grave. bye

drunk

sábado, 21 de agosto de 2010

POis é, engraçado pqe que num dia vc está super empolgada e no outro está bêbada! huhauHUAH
Acontece que é assim que funciona comigo, ou não funciona! Meu dia foi assim: Não almocei pq fui pra aula, daí comi bolo na casa das meninas e depois de muitas cervejas comi um pastel com 2 kilos de maionese e assim foi o meu dia saudável.
Gostaria de me parabenizar pelo meu feito

ps.: (não lembro desse momento, estava no rascunho)

Change La Tête

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Ter um blog pra mim, era como um sonho distante, mais uma vítima da minha procrastinação crônica, e realmente não sei como nem com que coragem estou fazendo isso agora. Acho que pode ser fruto de um dia onde não consigo imaginar uma pessoa mais loser que eu, e tudo por culpa minha e da minha falta de atitude e/ou organização.
Tomar uma atitude válida na minha vida, pelo menos no momento, é na verdade o objetivo de estar aqui, então, após uma breve espiada no livro pense magro, pensei, pensei, e notei que eu penso muito mais gordo do que eu imaginava, e está aí a justificativa para a minha obesidade mascarada.
Chamo de obesidade mascarada, porque eu mesmo escondo de mim, a verdade sobre o meu peso, e essa tática funciona, porque não me vejo sempre como uma pessoa gorda, me vejo bem no espelho, mas quando subo na balança, ou vejo uma foto, a ficha cai, ai eu entendo que eu sou gorda, e não sou digna de viver em sociedade (drama).
A partir de agora, mais uma vez, e não é segunda-feira, vou tentar, sei lá, pensar magro, seguir alguns conselhos da Terapia cognitiva do livro, e fazer auto-analise todos os dias! Não posso afirmar que vou conseguir, mas eu vou tentar.
É preciso parar de: Não tomar café da manhã (só às vezes), comer bem-casado, comer suprema, comer aquela tortinha de leite condensado com ameixa, comer 4 tipos de carne num almoço só, beber, vamo parar de beber muito né, só um pouquinho não tem problema... sim, parar de ir na onda da turma (magra por sinal), onde todos vão comer e te chamam e você come como se fosse esquelética, parar de beber cerveja pelo menos, parar de beber e comer ao mesmo tempo, de fazer programas gastronômicos, nunca e exatamente nunca mais ir à rodízios, não importa qual tipo seja, parar de comer sushis que tenham cream cheese ou cheddar, comer tipo 10 minutos antes de dormir, parar de ser sedentária e arrumar pelo menos 1 horinha do dia pra algum exercício físico, parar de passar muitas horas sem me alimentar, de comer fora de casa, ou seja, em self service pois não tenho auto-controle, parar de me descontrolar ao ver uma torta de chocolate ou ver aquele velho e delicioso rocambole... enfim... são infinitas coisas que tenho que parar de fazer e começar a fazer outras, porém, isso já é um outro capítulo!

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